17 de set. de 2013

São Cristóvão recebe apoio na saúde

Médicos chegam para colaborar com as ações desenvolvidas em unidades públicas de saúde do município.

Por Jéssica França e Mariana Pimentel.

            Há cerca de uma semana Sergipe ganhou o reforço de doze médicos no setor da saúde. O suporte é proveniente do programa Mais Médicos, desenvolvido pelo Governo Federal e que virou tema de debate entre as autoridades e a população brasileira. Desses doze profissionais, três estão destinados a atuar em São Cristóvão, na função de clínico geral.
            O projeto do Governo Federal foi aderido pela Prefeitura através da Secretaria Municipal de Saúde. A quarta cidade mais antiga do Brasil já tem dois dos três profissionais atendendo a comunidade e integrando os Programas de Saúde da Família. Segundo a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de São Cristóvão, dois médicos brasileiros já estão trabalhando. Matheus Santana Barreto, sergipano formado pela Universidade Federal de Sergipe, que até então morava em Roraima, está atendendo as comunidades da Cabrita, Umbaubá e Várzea Grande, com diferentes escalas em cada região, e Ana Gabriela de Santana Gois, também sergipana e formada há aproximadamente dois meses e meio pela Universidade de Tocantins, atende na Unidade de Urgência do conjunto Eduardo Gomes.
Médica Ana Gabriela em atendimento.
Foto: ASCOM: Prefeitura Municipal de São Cristóvão
            Ana Gabriela afirma ter se inserido no programa devido à capacidade de conciliação entre o emprego e a proximidade com a família, escolhendo São Cristóvão, pois acredita que Aracaju possui um bom número de médicos. “Nós somos muito bem recebidos, tanto pelo diretor do posto quanto pelas enfermeiras, como pelos técnicos como pela população que está gostando bastante do programa em si que está trazendo médicos”. Ao ser questionada sobre sua capacidade de atuação profissional na Unidade, ela afirma que a deficiência encontrada é na área de medicamentos. “O povo daqui de São Cristóvão é um povo muito simples, que não tem tantas condições assim. Não tem tanta medicação no programa básico do posto de saúde então a gente tem que passar o que tem aqui”.
           
Unidade de Saúde Maria José Soares Figueroa- Conjunto Eduardo Gomes
Foto: Jéssica França
A médica informa que devem se apresentar em São Cristóvão mais dois profissionais ainda nesta semana. Eles irão atender na Unidade Básica no centro do município. Eles serão recepcionados por Ana Gabriela e toda a equipe das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São Cristóvão.
            Patrícia Souza, atendente da Unidade de Urgência, declara que houve melhorias no atendimento dos pacientes, auxiliando a população e o próprio processo administrativo.
            De acordo com a secretária de saúde de São Cristóvão, Farahide Diniz, a atual administração da cidade decidiu aderir ao programa por causa das dificuldades encontradas na contratação dos profissionais da saúde, como vem ocorrendo em todo o país – principalmente nos interiores e periferias brasileiras, onde a infraestrutura é precária e os hábitos e relações sociais são diferenciados.
Unidade de Saúde Maria José Soares Figueroa- Conjunto Eduardo Gomes
Foto: Jéssica França
            A secretária informou também que a terceira médica deve ser apresentar em São Cristóvão até a segunda-feira, 16 de setembro e que já estão preparados para recepciona-la.

Mais Médicos


            O programa é fruto de ações do Governo Federal, que tem por objetivo a melhoria no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). De início, estão sendo beneficiadas 500 cidades brasileiras, com a chegada de profissionais que junto ao Ministério da Saúde tem como compromisso a ampliação no número de médicos na atenção básica.

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A problemática do financiamento da Educação

Queda na matrícula diminui os recursos do FUNDEB

Por Elienai Conceição e Wilmarques Santos

Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb) é o recurso responsável por cerca de 60% do pagamento dos salários do magistério. Um fundo especial formado por contribuições dos governos municipais, estaduais e federal, cujos recursos devem ser aplicados obrigatoriamente na manutenção da educação básica e para complementar os salários de professores. Quando foi criado em 2007, o fundo alcançou o valor de R$ 46,9 bilhões. Neste ano, chegou a R$ 106,5 bilhões. 
Enquanto os gestores públicos alegam que os recursos do FUNDEB não são suficientes para garantir o pagamento do piso salarial do magistério, não há uma política de estímulo à matrícula de alunos nas escolas da rede pública, o que acarreta a sua diminuição do número de alunos nas escolas da rede pública e consequentemente o valor dos recursos.

Roberto Silva/SINTESE
Para o Diretor da Base Estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (SINTESE), Roberto Silva, o recurso é um fundo limitado por que inverte a lógica de financiamento da educação, insere a lógica de custo aluno, extremamente rebaixada. Segundo ele, as escolas sergipanas são desestimulantes, possuem uma estrutura precária. “Não há incentivo à matrícula. A matrícula cai, a arrecadação diminui e isso se torna um problema no pagamento do piso. Os gestores alegam que os recursos do FUNDEB não são suficientes, mas não trabalham para aumentar o número de matrículas o que consequentemente aumenta os recursos do fundo. Não há uma política séria para o estímulo de matrículas, chamada pública, que vem decaindo ano a ano”, explica o sindicalista.
Além disso, Silva ressalta que a União não complementa o recurso em Sergipe, pois para ela o estado é suficientemente capitalizado devido à alta produção petrolífera.
Dados do SIGA/SEED.
Em 2012 a Secretaria de Estado da Educação apresentou 180.582 alunos matriculados e em 2013 somente 174.655. Esse dado é alarmante e para o sindicato significa o resultado da política de negação de matrícula da SEED, de fechar turnos e turmas das escolas estaduais.
“Os recursos da Educação são vinculados intrinsecamente ao número de alunos matriculados. Caso essa situação se perpetue a situação financeira da educação da rede estadual será caótica”, alerta.

Menos investimento que o constitucional

De acordo com o relatório resumido da Execução Orçamentária no primeiro bimestre de 2012, a perda de recursos do fundo fez com que o Estado investisse apenas 23,20% na Educação, ao invés dos 25% como determina a Constituição Federal.
A redução das matrículas nas escolas estaduais causou em 2011 uma perda de receita do FUNDEB que ultrapassou R$350 milhões. Já nos meses de janeiro e fevereiro de 2012, a rede estadual deixou de receber R$91 milhões em recursos.
O sindicato defende que ao contrário do afirmado pelo secretário de Estado da Educação ano passado, esses alunos não migraram para as redes municipais ou rede privada. Tampouco houve uma queda drástica na população. Dados do Inep e IBGE informam que quase metade dos jovens (49,7%) entre 15 e 17 anos estão fora do Ensino Médio.

A realidade das escolas da rede pública

Rachaduras no piso das salas de aula
Escola Estadual Desembargador João Bosco de Andrade Lima, localizada no conjunto Bugio, em Aracaju é um exemplo de que a escola pública está perdendo alunos por não possuir uma estrutura atrativa para a comunidade. Inaugurada em 1982, a unidade de ensino nunca passou por uma reforma em sua estrutura física que está comprometida por rachaduras nos muros e paredes das salas de aula. A ausência de espaços didáticos como quadra esportiva e laboratório de informática, a irregularidade da merenda escolar e as condições estruturais precárias em que o prédio se encontra são características que contribuem para a perda de alunos. Em 2012, a escola tinha 502 alunos matriculados, já neste ano o número caiu para 365.

Muro da escola com rachadura
A funcionária da escola, Daniela Santos, ressalta que a situação é preocupante e que não há condições de trabalho, nem de aprendizagem em um ambiente tão problemático. “Se a Secretaria de Educação não fizer uma reforma urgente, a escola vai ter que parar. Não dá para deixar do jeito que está. A escola não oferece estrutura digna para alunos e professores.”, relata indignada.
Os alunos do 4º ano, Lucas Góes e Adjan dos Santos, também expressam o seus desejos de uma escola melhor. “A gente queria que tudo fosse limpo, que os muros não fossem pinchados e que tivesse uma quadra para jogar bola. Mas a nossa escola é imunda, a gente não consegue nem beber água direito porque o bebedouro é sujo. O banheiro também é sujo, tudo é sujo”, finalizam.

O SINTESE também se pronunciou e garantiu que irá enviar ofício para a Defesa Civil, Ministério Público Estadual e Vigilância Sanitária para que a Secretaria de Estado da Educação seja obrigada a tomar providências urgentes. "Não há condições da escola funcionar no prédio em que está hoje”, conclui Roberto Silva. . 

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Leitura: um caminho no combate ao analfabetismo

Segundo especialistas, a alfabetização não é desenvolvida apenas pelos métodos convencionais, mas também através de uso de atividades de leitura e escrita nas práticas sociais das pessoas

De Aracaju.
Por Helena Sader e Lorena Freire.


A alfabetização é articulação de mecanismos de escrita e leitura como forma de desenvolvimento da aprendizagem de jovens e adultos. Critério fundamental na medição do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), as taxas de analfabetismo analisadas pela ONU, elevam ou atenuam o grau de desenvolvimento das nações. 

O hábito da leitura é um importante agregador na construção da alfabetização. No Brasil, porém, esse costume acaba por representar índices que apontam para um declínio dessa atividade intelectual. Pesquisa feita pelo Instituto Pró-livro, em parceria com o Ibope inteligência, revela que a população leitora brasileira - que leu ao menos um livro nos três meses que antecederam a pesquisa – caiu de 95,6 milhões de pessoas (55% da população estimada), em 2007, para 88,2 milhões pessoas (50%), em 2011. 

Ainda segundo a pesquisa, em 2011 houve uma queda de pelo menos um 1,5 livros por criança. Em 2007, crianças entre 5 e 10 anos, liam 6,9 livros, enquanto que em 2011, jovens na mesma faixa etária liam 5,4 livros. 

O Brasil, em sua condição de país emergente, ainda enfrenta problemas para contornar o analfabetismo e alavancar o crescimento do IDH nacional.  Dados do IBGE, coletados através da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), apontam que em a taxa de analfabetismo no Brasil era de 8,9% em2009 e caiu para 7,9% da população brasileira. Apresentando assim uma queda de 1% ano. Mesmo assim, os números ainda são elevados. E as regiões norte e norte são as que apresentam os piores desempenhos em população analfabeta, respectivamente 9,2% e 15,3% da população analfabeta do país. Resultados que só vêm enfatizar a necessidade de políticas públicas na área da educação.

Gráfico segundo dados da Pnad


O analfabetismo em Sergipe

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pela última vez em 2011 e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que de 2009 para 2011 a taxa de analfabetismo sofreu uma queda em Sergipe.
O Nordeste é a região do Brasil que apresenta os maiores índices de analfabetismo. Mesmo assim, Sergipe apresentou melhora nesse setor da educação. São 193 mil pessoas entre 10 e 14 anos, no Estado. Do total, 10 mil, ou seja, 5,2%, não sabem ler ou escrever.

De 15 a 19 anos, existem 183 mil pessoas em Sergipe. Dessas, cinco mil são analfabetas, o que representa 2,7% da população total. Entre os idosos, o percentual de analfabetismo ainda é alto. São 218 mil pessoas nessa faixa etária, sendo que 97 mil, ou seja 44,5%, não leem ou escrevem.

Quanto à taxa de escolarização, alguns números chamam a atenção. Nota-se que boa parte da população, entre 6 e 14 anos, frequenta as salas de aula, mas esse percentual é reduzido quando se trata de pessoas com idade entre 15 e 17 anos. Segundo dados do Pnad, das 348 mil habitantes com idade entre 6 a 14 anos – com idade para frequentar o Ensino Fundamental –, 342 mil ou 98,1% estão na sala de aula. Já das 111 mil pessoas com idade entre 15 e 17 anos – com idade para frequentar o Ensino Médio –, a porcentagem é relativamente menor. Do total, 93 mil ou 83,3% dos adolescentes estão nas escolas.  

Os números são ainda menores quando se trata de Ensino Superior. Das 269 mil pessoas com idade entre 18 e 24 anos, apenas 85 mil estão em salas de aula. Apenas 31,5% da população com essa faixa etária aparece em cursos ou pré-vestibulares.

Dados sobre o analfabetismo em Sergipe, segundo o IBGE



Leitura infantil em Sergipe

“Eu gosto de ler. A professora disse que é bom pra a gente melhorar nos acentos e na pontuação”. Palavras do pequeno Lucas, de 8 anos, que estava com sua turma do Colégio Jardins, em visita à Biblioteca Infantil Aglaé Fontes de Alencar (Biafa), unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Os alunos da professora Valdelice Silva, do 3º ano do Ensino Fundamental, fizeram visita à Biblioteca Infantil e demonstraram grande satisfação.

Para a professora Valdelice Silva, é importante que as crianças saiam do seu ambiente convencional de aprendizado e possam buscar novas formas de conhecimento. “No colégio, nós temos as salas de leitura. Mas aqui as crianças podem ter contato com um outro ambiente e isso pode ajudá-las na leitura”, afirma Valdelice.

A diretora da Biblioteca Infantil Aglaé Fontes de Alencar, Cláudia Stocker, também destaca a importância do ambiente para a leitura do aluno, principalmente se for uma criança. “Aqui nós temos videoteca, gibiteca, brinquedodeca e biblioteca. Tudo para fazer a criança se sentir confortável e colaborar no aprendizado dela”, afirma Cláudia.

Atividades infantis como contações de histórias fazem parte da programação regular da Biblioteca, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h,na Rua Dr. Leonardo Leite, s/n, no Bairro 13 de julho, em Aracaju/SE. 


Confira as fotos da visita dos alunos do Colégio Jardins à Biafa



Biblioteca Infantil Aglaé Fontes de Alencar

Parte do acervo da biblioteca

Gibiteca 

Brinquedoteca

Livrinhos de cordel presentes da biblioteca

A guia da biblioteca explica os locais em que a biblioteca é dividida e o que fazer em cada local

Crianças procuram gibis para lerem nabiblioteca

Crianças leem gibi

Aluna do Jardins lê gibi na Biblioteca

Crianças se espalham pela gibiteca

Confortáveis, alunos do Jardins se espalham pela gibiteca

Parte do acervo de livros infantis

Parte de acervo de livros infantis

Sala de colorir da biblioteca

Parte do acervo de gibis a gibiteca

As crianças ganharam livros infantis ao fim da visita à bilioteca

(Fotos: Helena Sader)





ARACAJU INVESTE POUCO EM TEATRO

Apesar de existir verbas destinadas à cultura, o teatro não recebe fundos necessários para o seu crescimento

Por Carolina Leite e Rodrigo Alves

Os recursos e políticas públicas para a cultura na cidade de Aracaju, capital de Sergipe, são poucos. Principalmente quando se fala em teatro. De acordo com dados do Portal da Transparência, dos últimos R$ 30.887.110,41 investidos em cultura de um modo geral, apenas 5,4% foi destinado a fundos teatrais.
A Fundação Municipal de Cultura e Turismo de Aracaju (FUNCAJU) é o órgão responsável pelo repasse de verbas municipais, como também pela formulação, implementação e execução da política pública cultural de Aracaju. Desde 1991, Aracaju sancionou uma Lei Nº 1719 de incentivo fiscal para a realização de projetos culturais, dentre eles, o teatro. Mesmo assim, são inúmeras as dificuldades encontradas pelos artistas aracajuanos em captar esses recursos.
O diretor do grupo de teatro Raízes, Jorge Lins, reclama não só por capacitação dos gestores de grupos teatrais e por campanhas de popularização dos artistas e grupos, mas acredita que “ainda capengamos no que diz respeito à uma política de difusão cultural, de formação de plateias e de adequação de espaços em polos do interior para que possamos escoar a nossa produção. É preciso que haja uma possibilidade real de mercado em todo o estado, para que as nossas produções possam ser pensadas profissionalmente.”
Diante das dificuldades que tem passado para realização de espetáculos, Jorge Lins coloca-se no lugar de um gestor, apesar de afirmar não ter nenhum interesse no cargo, e apresenta-nos sua ideia: “acredito que se fosse secretário, a primeira ação seria definir, a partir de reuniões com os grupos produtores das diversas manifestações culturais, a linha de ação da Secretaria.”
Segundo JosenitoVitale de Jesus, Secretário de Cultura do Município de Aracaju, mais conhecido como Nitinho, esta é a próxima proposta da FUNCAJU. Ele promete que até o dia 02 de novembro será formado um Conselho Municipal, uma comissão de 09 membros da gestão e 09 membros do povo, pessoas que desejem participar. Esse conselho tem como objetivo criar projetos e investir não só em eventos, mas em artistas plásticos e teatrais, novas mídias e cursos, com o pensamento de melhorar a vida cultural do município. Porém, ele reclama que o principal problema da sua gestão é de ordem financeira.

Assista na íntegra, entrevista realizada com exclusividade para o Contexto Repórter, com o Secretário de Cultura "Nitinho": 

Os avanços em defesa da mulher em Sergipe

O governo investe cada vez mais nas Secretarias Especiais de Políticas Públicas para Mulheres.


Por Josicleide Santana e Cinthya Santos.



   Com uma verba federal para 2013 de R$1.500.000, a Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres (SEPMULHERES), vem desenvolvendo diversos projetos em Sergipe. Baseado no Plano Nacional de Políticas Públicas para Mulheres, a SEPMULHERES trabalha em defesa dos direitos femininos e no tratamento e proteção das mulheres, principalmente contra a violência e abusos sofridos por elas.
  A SEPMULHERES trabalha em conjunto com 29 coordenadorias e 03 secretarias (Santana do São Francisco, Própria e Carmópolis), espalhadas pelo estado, estas coordenadorias são responsáveis pelo acolhimento das mulheres vitimas de qualquer tipo de violência. Prestando assistência psicológica, e encaminhando as vítimas ao atendimento hospitalar. Sendo de vontade da mulher agredida, faz todo auxilio judicial, encaminhando-a para a realização de exames de corpo de delito, boletins de ocorrência e oferecendo toda a proteção necessária ao decorrer do processo. 
   Nos últimos anos, as denuncias de agressões contra as mulheres vem crescendo cada dia mais, assim como os números de processos levados adiante.

* 2013 até o dia 13/09/2013
* Dados concedidos pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher
* Números de casos em Aracaju

   Graças ao apoio dessas coordenadorias, atualmente as vitimas sentem-se mais protegidas para denunciar os seus agressores. A violência contra as mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação dos direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física.

Os programas e projetos contra violência da mulher

PROGRAMA – FORTALECIMENTO DA REDE DE ATENDIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA

Esse projeto tem como objetivo a diminuição dos casos de violência em Sergipe.
Tem como algumas linhas de ações:
- Ampliação do atendimento às mulheres;
- Qualificar e ampliar, o número de abrigos de proteção às mulheres em situação de violência;
- Estimular o aparelhamento e reforma das 05 DEAMS já existentes, implantar novas unidades;
- Incentivar a criação de 08 Juizados de Violência Doméstica Contra a Mulher, nas cidades pólos dos territórios;

COMBATE À EXPLORAÇÃO SEXUAL DA MULHER E ADOLESCENTE E AO TRÁFICO DE MULHERES
O objetivo desse projeto é a prevenção e o combate á violência contra as mulheres, jovens e crianças, vitimas de exploração sexual.
Linhas de ações:
- Fortalecer a Rede de Atendimento Especializado;
- Ampliar as estratégias de prevenção e combate ao turismo sexual em Sergipe;

   A SEPMULHERES também desenvolve outros projetos em apoio à mulher, relacionados à autonomia econômica, a igualdade social, buscando valorizá-las no mundo do trabalho.

Para mais informações sobre estes projetos acesse o site abaixo:

  •      Carmópolis recebe uma subsede da SEPM

   A última secretaria inaugurada foi em 24 de maio de 2012, na cidade de Carmópolis, o Centro Regionalizado de Atendimento à Mulher em situação de Violência “Maria Cecília de Santana Magalhães", contou com a presença do Governador Marcelo Déda, da secretaria Maria Teles, autoridades e lideranças da região. Também participou a diretora nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Karina Morelli.











16 de set. de 2013

Muito além das cortinas

Conheça a situação atual do teatro sergipano e os seus recursos financeiros.

Ediê Reis e Silvânio Junior

Palco do Teatro Tobias Barreto recebendo a peça ‘O Mágico de Oz’, em produção da Nossa Escola. Foto: André Teixeira.

O Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, realiza repasses de recursos financeiros para apoio à produção cultural de diversos segmentos em todo o país. Para conseguir esse tipo de ajuda, é necessário que os interessados fiquem atentos ao lançamento de editais promovidos pela Secretaria de Cultura de cada região.
Em Sergipe, o total conveniado entre o órgão federal e os municípios é de R$ 38.194.259,49 reais compreendidos entre os períodos de Janeiro de 1996 a Setembro de 2013. Os dados são do portal da transparência do Governo Federal. Das 30 cidades sergipanas que solicitaram o apoio, Aracaju lidera o ranking com o recebimento de R$ 30.884.110,41, como mostra o gráfico abaixo. Só este ano já foram liberados quase 3 milhões de reais em convênios para a capital.

Os recursos são solicitados para a execução de várias ações que visam o fomento e valorização da cultura. Criação de sedes próprias, urbanização de praças, revitalização de projetos arquitetônicos, implantação de oficinas de capacitação cultural entre outros, estão inseridos nesses convênios.
Além disso, existem os editais que são abertos para o apoio direto às manifestações culturais como oficinas culturais, intercâmbio e difusão cultural, produção de obras audiovisuais, ocupação de espaços cênicos etc. Entre os projetos contemplados, o teatro aparece com uma frequência menor em relação às outras artes. Para 2013, por exemplo, até o momento existem apenas dois editais para essa área.
O teatro é uma arte que trabalha com a dedicação de pessoas que expõem seu talento nos palcos. Ele envolve a emoção e o sentimento, tanto de quem faz, quanto da plateia. Os palcos representam também uma forma de transmissão de conhecimento e, principalmente, de valores culturais. Diante de tanta importância que essa modalidade cultural apresenta, nada mais justo do que haver uma maior valorização da mesma. Existem grupos teatrais de muita expressão e notoriedade no cenário sergipano, mas isso por si só não garante a sobrevivência dessas pessoas. É comum ver atores e atrizes que se desdobram entre os palcos e a manutenção de suas vidas pessoais encarando outros tipos de profissão. Ainda é muito difícil viver apenas da arte por aqui.
Apresentação do Grupo Mafuá no Mercado Thales Ferraz durante a I Virada Cultural de Aracaju. Foto: André Teixeira.
Para tentar buscar melhorias para a classe, o Sindicato dos Artistas e Técnicos do Entretenimento de Sergipe (Sated/Se) travam uma árdua batalha em prol de um desenvolvimento profissional. Almejar condições de trabalho mais favoráveis e um maior desdobramento dos recursos financeiros advindos do Governo Federal estão sempre em pauta.
Em entrevista, o presidente do Sated/SE Ivo Adnil Silva, relata algumas das suas reivindicações: “É preciso que tenhamos mais oportunidades junto às autoridades. As secretarias estaduais deveriam olhar com mais vigor para as nossas mazelas. Sergipe é um berço de cultura e respira arte. O teatro não fica por baixo. É arte na sua essência e é extremamente vital para nós que a valorização aconteça.”.
Sobre os projetos existentes de incentivo e apoio a atividade teatral, Ivo Adnil destaca a criação e ampliação do número de oficinas para atores no interior (além da capital) do Estado e a realização de cursos técnicos em sonorização e iluminação cênicas. Ele informa que é de extrema importância que exista uma aliança entre os órgãos públicos e essas medidas de incentivo.
Ivo menciona ainda que alguns editais não são favoráveis aos artistas de teatro e a liberação de recursos é, por muitas vezes, direcionada demais para uma relação tão vasta que o teatro tem com quem o faz. “Às vezes alguns editais são lançados para festivais de teatro ou ocupação do espaço cênico, porém é importante ressaltar que para que os artistas possam se apresentar com maestria e competir de igual pra igual, toda uma preparação é necessária. Muitas vezes não conseguimos um ambiente saudável para os ensaios ou preparação dos grupos, salvo uns ou outros grupos consolidados que possuem suas sedes próprias.”, afirma.
Ivo conta ainda que faz solicitações junto ao governo e a Secretaria de Cultura para que hajam mais investimento na arte como um todo. Isso engloba tanto a criação de sede, quanto a construção de um teatro: “Sou favorável à criação de um Teatro Municipal de Aracaju. Dessa forma, os artistas sergipanos conseguiriam expor seu talento sem se preocupar com licitações ou contratos. Viveriam de fomentar sua arte e seria mais um ponto positivo até para o turismo da cidade. Apesar de que para nós, qualquer espaço vira palco. Quem gosta de verdade do que faz só busca o melhor”, relata.
A todo o momento, através das redes sociais, os representantes dos artistas de teatro fazem reivindicações e lembram a todo o momento que a cultura é primordial. Em conexão direta com o povo, Ivo e os outros integrantes fazem-se notados.

“Acredito muito que esse quadro está prestes a mudar. Os repasses do Ministério da Cultura vão fazer jus a todos os segmentos culturais. Amparados pela secretaria de Cultura de Sergipe, vamos colocando o teatro no rol dos contemplados e melhor ainda, vamos permitir que essa arte ganhe ainda mais força. Estamos aqui pra isso. Para lutar, expor o que de melhor temos por aqui e principalmente, jamais permitiremos que as cortinas se fechem.” Desabafa Ivo Adnil.

Cultura para Ver e Viver

A importância dos investimentos na cultura sergipana, e a restauração dos patrimônios públicos na
capital.
Kamille Perez e Maria Belfort 

A cultura sergipana além de rica possui várias diversidades, no estado ela encontra-se distribuída nos munícipios, em que o artesanato, hoje, é uma fonte de renda e um elemento de identidade sociocultural. Os artesãos produzem as mais variadas peças, em Divina Pastora, as rendas de bilro, em Poço Redondo; e o bordado tipo Richelieu, em Tobias Barreto. Também merece destaque a cerâmica, produzida em Santana do São Francisco, Simão Dias e Itabaianinha. Há, ainda, o artesanato de palha em Brejo Grande, Pacatuba e Pirambu. A produção de peças de papel em Cumbe. As bonecas de pano confeccionadas em Nossa Senhora das Dores.
Na capital Aracaju têm equipamentos culturais e de lazer, a exemplo de museus, galerias de arte, centro de convenções, teatros, praças e igrejas. Os investimentos na cultura de Sergipe, principalmente na capital vêm crescendo nos últimos anos. A restauração de prédios públicos para a construção de centros de culturas passou a ser comum na grande Aracaju. O Museu da Gente Sergipana, O Palácio Olímpio Camos e o Cine vitória são exemplos dessa reforma em prol da arte.
O Museu da Gente Sergipana foi feito a partir da restauração do antigo prédio em que funcionava o colégio Atheneuzinho, que fica na Avenida Ivo do Prado no centro de Aracaju. Com a doação do prédio para o Banese, em Outubro de 2009 sob a responsabilidade dele foi iniciado o processo para restaurá-lo. Foi investido na reforma 22 milhões de reais, e o resultado dessa reforma é um complexo cultural que reúne passado, presente e futuro, o museu é grande e com uma boa estrutura, possui diversos recursos interativos e de multimídia, mostrando as manifestações folclóricas, símbolos, natureza, artes, história, culinária, festas e costumes da cultura sergipana. Ele é o primeiro museu de multimídia interativa do Norte/Nordeste e foi o projeto vencedor do prêmio “O melhor da arquitetura 2012” categoria restauro.

Um ponto turístico, quem visita Aracaju não deixa de passar no Museu da Gente sergipana para conhecer mais da cultura local, índices comprovam o numero de turistas de outros estados e ate mesmo de outros países que fizeram uma visita no atheneuzinho no seu primeiro ano depois de reformado.


    Fachada do Museu da Gente Sergipana



INDICES DO TURISMO DURANTE O PRIMEIRO ANO DO MUSEU DA GENTE SERGIPANA
















Número de visitantes versus meses do ano



    Total de visitantes de outros países




Outro caso mais recente ainda é o do Cinema Vitória, localizado na  rua Laranjeiras, 307, no centro da cidade. O Cine Vitória foi inaugurado em outubro de 1934 como ‘Cinema Vitória’, pertencente à Ação Solidária dos Trabalhadores, ate ser fechado na década de 80. Reaberto na década de 90, juntamente com a “Rua 24 horas” (atualmente rua do turista), funcionou por pouco tempo e logo fechou.
Um novo espaço do Cine Vitória foi entregue ao publico em julho de 2013, e o investimento foi uma parceria do Governo de Sergipe com o Ministério da Cultura (MinC) com a casa  Curta-se   como administradora. Com preços populares os amantes das artes audiovisuais tem acesso a mais alta qualidade. Suportando 232 espectadores por sessão, o investimento na reforma do cinema de rua foi de 272 mil reais e uma estrutura aconchegante para todos os interessados.
“Tanto os novos como os antigos frequentadores do Cine Vitória têm apreciado as produções audiovisuais exibidas. Estudantes, comerciantes e moradores da redondeza estão tendo acesso ao espaço cultural, que em breve poderá dispor de uma programação especial voltada para públicos específicos, conforme solicitação dos respectivos usuários. Só no mês de inauguração do cinema, exibimos dez produções a pedido dos espectadores”, Destaca Deyse Rocha, diretora geral da casa curta-se e administradora do cinema.
Casos como esses merecem destaques e atenção do governo, investimentos na cultura do estado é investimento na valorização e na formação da identidade Sergipana. 


Entrada do cinema vitória na Rua do Turista




















O investimento não pode parar, ainda falta a reforma de vários prédios antigos para a construção da cultura, um desses prédios é o Museu do Homem sergipano (Muhse),que está fechado para reforma desde Março de 2012.

O museu do homem sergipano
Um patrimônio sergipano esperando por socorro

Fundado em 1976 como órgão suplementar da universidade federal de Sergipe, o museu da antropologia, mais conhecido como o museu do homem sergipano guarda os registros e testemunhos da trajetória humana existente em Sergipe, desde  a Pré-História até os dias atuais fortalecendo questões relacionadas à cidadania e identidade sergipana.
Em 2004 o museu do homem sergipano passou a ocupar o edifício que funcionou como sede da Escola de Serviço Social, a casa é um patrimônio cultural do estado de Sergipe e se encontra em decadente estado, um museu, que serviria para acentuar a cultura e a valorização de Sergipe está em situação precária e sem prazo para melhoraria.
Fechado desde maio de 2011 e com seu acervo guardado no Cultart, o prédio antigo se encontra em forma lastimável, com rachaduras por todos os cômodos e risco de cair. O projeto de restauração do museu, que recebe investimentos federais, ainda não começou e desde março que estava para acontecer, enquanto isso, o patrimônio cultural dos sergipanos encontra-se fechado e em péssimos estados. 
Segundo o secretário o qual não quis se identificar, e que fica responsável pelo museu atualmente, a última diretora do prédio foi a professora Maria Verônica, que voltou a dar aula na UFS e por isso deixou o cargo, ele falou que em 2012 já estava pronto todo o projeto de arquitetura feito pela prefeitura, além disso, ressaltou o descaso do governo para concluir a obra;
“Tem mais de um ano que o museu fechou para reforma, e ate agora não começou nada, muitas pessoas ligam querendo marcar visita com escolas e grupos, mas não temos condições de atender mais ninguém” diz o secretário do museu.

  Frente do Museu
















Rachaduras dentro do museu