Evento mostrou-se fiel à proposta de interdisciplinaridade de conhecimento nos artigos selecionados para comunicação oral
Por Sóstina Santos
Na primeira fase de seleção de trabalhos foram submetidos 51 resumos expandidos, dos quais 11 não foram aprovados pelo conselho científico formado por dez professores-doutores de sete universidades federais de quatro regiões do país (exceto a Norte). Quase todos não foram aceitos, por não conseguirem aliar comunicação e meio ambiente, focando-se somente em educação ambiental, e/ou por problemas de redação.
Dos 40 trabalhos aprovados para comunicação oral, 11 foram relatos de experiências e 29, artigos científicos, que foram agrupados nos seguintes subtemas: “Comunicação de risco e mudanças climáticas”; “Ecoeficiência, marketing verde e comportamentos de consumo”; “Comunicação ambiental e desenvolvimento local”; “Educomunicação e educação ambiental”; “Jornalismo Ambiental e discursos sobre a sustentabilidade”; e “A questão ambiental e a ética com as futuras gerações”.
De acordo com a coordenadora geral do evento, Sonia Aguiar, o Encontro teve um bom começo pela quantidade de trabalhos inscritos, embora tenha se esperado mais, e pela quantidade de profissionais e pesquisadores de outros estados que submeteram seus trabalhos e que já são bastante conceituados nessa área.
Uma área em crescimento
O conselho científico do EICA, responsável pela análise e seleção dos trabalhos inscritos, foi composto pelos seguintes professores-doutores: Sonia Aguiar Lopes (UFS), Ana Ângela F. Gomes (UFS), Dione Oliveira Moura (PPGCOM-UNB), Ilza Maria Tourinho Girardi (UFRGS/NEJRS), Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes (PPGCOM-UFPE), Itamar de Morais Nobre (UFRN), Maria José Nascimento Soares (Prodema-UFS), Messiluce da Rocha Hansen (UFS), Olga Maria Tavares da Silva (PPGCOM-UFPB) e Thales Haddad Novaes de Andrade (UFSCar/ Anppas).
“Qualitativamente, no que concerne aos aspectos teórico-metodológicos dos trabalhos submetidos, nota-se crescimento e evolução, tendo em vista esta ser uma área também em crescimento e evolução”, afirma Itamar Nobre, professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Segundo ele, não houve dificuldade no processo de seleção dos trabalhos. “A amplidão em questão, constante na inter/multidisciplinaridade, é fundamental para o beneficiamento da abertura do pensamento científico”.
Segundo Ilza Girardi, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o resultado de um evento interdisciplinar como o EICA é bastante positivo. “Uma das funções da comunicação, no meu ponto de vista, é contribuir com a ampliação da consciência acerca da necessária inclusão do ambiente/natureza nas nossas vidas para nos sentirmos parte. Quanto mais pessoas se dispuserem a refletir sobre isso, melhor para nós e para a vida no Planeta como um todo”, concluiu.
A íntegra dos trabalhos apresentados pode ser consultada online nos Anais do EICA.
