29 de nov. de 2011

UFS traça novos caminhos para o futuro

Após 40 anos de existência, a Universidade Federal de Sergipe passa por um projeto de reforma que inclui anel viário e ampliação das instalações

Por: Caio Rodrigues e Roseli Silva

Quem frequenta a Universidade Federal de Sergipe (UFS) já deve ter percebido que muitas obras estão sendo feitas em todo o Campus de São Cristovão, mas poucos sabem no que elas consistem e quem realmente será beneficiado no final desse projeto.
No decorrer de seus mais de 40 anos, a UFS nunca tinha passado por um grande processo de ampliação ou reforma de sua infraestrutura. Com a criação de novos cursos e a explosão demográfica do próprio Campus, a estrutura existente  tornou-se inviável.
Em entrevista ao Contexto Repórter, o engenheiro do projeto Fernando Albuquerque, também professor doutor do Departamento de Engenharia Civil da UFS, informa que as reformas incluem: reestruturação dos estacionamentos; recuperação e ampliação da rede de drenagem; ajuste no traçado das vias de tráfego; e implantação de completa sinalização viária.
Para promover a acessibilidade dos “habitantes” da Cidade Universitária, serão recuperados e criados novos passeios (calçadas) para pedestres, com área aproximada de 20.000m2, incluindo passagens de níveis, onde o cadeirante poderá cruzar as vias no mesmo nível da calçada. O custo do anel viário estava orçado, até o momento desta reportagem, em mais de R$ 8 milhões, dinheiro que para alguns alunos poderia ser investido em outros setores, como a construção de novos departamentos e contratação de mais professores. Mas para o engenheiro Albuquerque os gastos são justificáveis.
C.R. Qual o motivo para a realização dessas obras?
F.A. A Cidade Universitária conta com uma rede viária de mais de 30 anos, o que resultou em um estado de deterioração avançado. O asfalto apresentava trincamentos e muitas das vias possuíam buracos ou então eram remendadas. A rede foi avaliada pelo Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) como ruim, muito ruim e péssimo. Sendo assim, vimos que era grande a necessidade de refazer as vias internas do Campus, de modo que possamos trazer mais segurança tanto para motoristas como para pedestres.
C.R. Como foi feita essa avaliação do Manual do DNIT?
F.A. Os testes foram feitos da seguinte maneira: durante uma semana do período letivo foram feitos levantamentos de tráfego, que consistem em calcular o movimento de carros e pedestres sobre as vias, feitos no período das 6h da manhã às 21 horas. Levamos em consideração que a velocidade nas vias dentro do Campus deve ser inferior a 40 km/h. Vale ressaltar que também foram realizados estudos por parte da área de Transportes e Geotécnica do curso de Graduação em Engenharia Civil da UFS.
C.R. As obras do anel viário fazem parte do projeto de reforma na infraestrutura de todo o Campus. Quais as outras obras inclusas neste projeto? Algum prédio poderá ser ampliado?
F.A. Realmente serão feitos investimentos em vários outros setores, inclusive na ampliação de prédios, como é o caso do Resun, na construção da Didática VII, que irá comportar cerca de três mil alunos, no novo prédio do Cesad (Centro de Educação a Distância), o prédio do Nupeg (Núcleo de Petróleo e Gás), construção e sinalização de todas as vias, ampliação dos estacionamentos, além do plantio de novas árvores.
C.R. As obras do anel viário estavam com o término previsto para o dia 11 de novembro deste ano, porém ainda nem chegaram até a metade.  Qual o motivo do atraso?
F.A. O motivo é o clima, questão bastante atípica na nossa região. No período chuvoso era praticamente impossível dar continuidade às obras, porém as mesmas já estão sendo realizadas.  Até o momento não se estabeleceu uma nova data para o término das obras, a cargo da empresa Bracom Construtora Ltda, mediante um contrato assinado com a UFS, em 2010, no valor de R$ de 8.275.956,98. Enquanto as obras prosseguem, alguns pedestres reclamam da falta de sinalização, de motociclistas que transitam sobre as calçadas, dificultando o tráfego de pessoas, e da iluminação precária, que causa insegurança no Campus. Segundo Jorge Antonio Vieira Gonçalves, jornalista da Assessoria de Comunicação da Universidade, a sinalização só será colocada após o término das obras. Já o projeto de iluminação e segurança não fazem parte dessa etapa.

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