16 de set. de 2013

Cultura para Ver e Viver

A importância dos investimentos na cultura sergipana, e a restauração dos patrimônios públicos na
capital.
Kamille Perez e Maria Belfort 

A cultura sergipana além de rica possui várias diversidades, no estado ela encontra-se distribuída nos munícipios, em que o artesanato, hoje, é uma fonte de renda e um elemento de identidade sociocultural. Os artesãos produzem as mais variadas peças, em Divina Pastora, as rendas de bilro, em Poço Redondo; e o bordado tipo Richelieu, em Tobias Barreto. Também merece destaque a cerâmica, produzida em Santana do São Francisco, Simão Dias e Itabaianinha. Há, ainda, o artesanato de palha em Brejo Grande, Pacatuba e Pirambu. A produção de peças de papel em Cumbe. As bonecas de pano confeccionadas em Nossa Senhora das Dores.
Na capital Aracaju têm equipamentos culturais e de lazer, a exemplo de museus, galerias de arte, centro de convenções, teatros, praças e igrejas. Os investimentos na cultura de Sergipe, principalmente na capital vêm crescendo nos últimos anos. A restauração de prédios públicos para a construção de centros de culturas passou a ser comum na grande Aracaju. O Museu da Gente Sergipana, O Palácio Olímpio Camos e o Cine vitória são exemplos dessa reforma em prol da arte.
O Museu da Gente Sergipana foi feito a partir da restauração do antigo prédio em que funcionava o colégio Atheneuzinho, que fica na Avenida Ivo do Prado no centro de Aracaju. Com a doação do prédio para o Banese, em Outubro de 2009 sob a responsabilidade dele foi iniciado o processo para restaurá-lo. Foi investido na reforma 22 milhões de reais, e o resultado dessa reforma é um complexo cultural que reúne passado, presente e futuro, o museu é grande e com uma boa estrutura, possui diversos recursos interativos e de multimídia, mostrando as manifestações folclóricas, símbolos, natureza, artes, história, culinária, festas e costumes da cultura sergipana. Ele é o primeiro museu de multimídia interativa do Norte/Nordeste e foi o projeto vencedor do prêmio “O melhor da arquitetura 2012” categoria restauro.

Um ponto turístico, quem visita Aracaju não deixa de passar no Museu da Gente sergipana para conhecer mais da cultura local, índices comprovam o numero de turistas de outros estados e ate mesmo de outros países que fizeram uma visita no atheneuzinho no seu primeiro ano depois de reformado.


    Fachada do Museu da Gente Sergipana



INDICES DO TURISMO DURANTE O PRIMEIRO ANO DO MUSEU DA GENTE SERGIPANA
















Número de visitantes versus meses do ano



    Total de visitantes de outros países




Outro caso mais recente ainda é o do Cinema Vitória, localizado na  rua Laranjeiras, 307, no centro da cidade. O Cine Vitória foi inaugurado em outubro de 1934 como ‘Cinema Vitória’, pertencente à Ação Solidária dos Trabalhadores, ate ser fechado na década de 80. Reaberto na década de 90, juntamente com a “Rua 24 horas” (atualmente rua do turista), funcionou por pouco tempo e logo fechou.
Um novo espaço do Cine Vitória foi entregue ao publico em julho de 2013, e o investimento foi uma parceria do Governo de Sergipe com o Ministério da Cultura (MinC) com a casa  Curta-se   como administradora. Com preços populares os amantes das artes audiovisuais tem acesso a mais alta qualidade. Suportando 232 espectadores por sessão, o investimento na reforma do cinema de rua foi de 272 mil reais e uma estrutura aconchegante para todos os interessados.
“Tanto os novos como os antigos frequentadores do Cine Vitória têm apreciado as produções audiovisuais exibidas. Estudantes, comerciantes e moradores da redondeza estão tendo acesso ao espaço cultural, que em breve poderá dispor de uma programação especial voltada para públicos específicos, conforme solicitação dos respectivos usuários. Só no mês de inauguração do cinema, exibimos dez produções a pedido dos espectadores”, Destaca Deyse Rocha, diretora geral da casa curta-se e administradora do cinema.
Casos como esses merecem destaques e atenção do governo, investimentos na cultura do estado é investimento na valorização e na formação da identidade Sergipana. 


Entrada do cinema vitória na Rua do Turista




















O investimento não pode parar, ainda falta a reforma de vários prédios antigos para a construção da cultura, um desses prédios é o Museu do Homem sergipano (Muhse),que está fechado para reforma desde Março de 2012.

O museu do homem sergipano
Um patrimônio sergipano esperando por socorro

Fundado em 1976 como órgão suplementar da universidade federal de Sergipe, o museu da antropologia, mais conhecido como o museu do homem sergipano guarda os registros e testemunhos da trajetória humana existente em Sergipe, desde  a Pré-História até os dias atuais fortalecendo questões relacionadas à cidadania e identidade sergipana.
Em 2004 o museu do homem sergipano passou a ocupar o edifício que funcionou como sede da Escola de Serviço Social, a casa é um patrimônio cultural do estado de Sergipe e se encontra em decadente estado, um museu, que serviria para acentuar a cultura e a valorização de Sergipe está em situação precária e sem prazo para melhoraria.
Fechado desde maio de 2011 e com seu acervo guardado no Cultart, o prédio antigo se encontra em forma lastimável, com rachaduras por todos os cômodos e risco de cair. O projeto de restauração do museu, que recebe investimentos federais, ainda não começou e desde março que estava para acontecer, enquanto isso, o patrimônio cultural dos sergipanos encontra-se fechado e em péssimos estados. 
Segundo o secretário o qual não quis se identificar, e que fica responsável pelo museu atualmente, a última diretora do prédio foi a professora Maria Verônica, que voltou a dar aula na UFS e por isso deixou o cargo, ele falou que em 2012 já estava pronto todo o projeto de arquitetura feito pela prefeitura, além disso, ressaltou o descaso do governo para concluir a obra;
“Tem mais de um ano que o museu fechou para reforma, e ate agora não começou nada, muitas pessoas ligam querendo marcar visita com escolas e grupos, mas não temos condições de atender mais ninguém” diz o secretário do museu.

  Frente do Museu
















Rachaduras dentro do museu 





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