Apesar
de existir verbas destinadas à cultura, o teatro não recebe fundos necessários
para o seu crescimento
Por
Carolina Leite e Rodrigo Alves
Os
recursos e políticas públicas para a cultura na cidade de Aracaju, capital de
Sergipe, são poucos. Principalmente quando se fala em teatro. De acordo com
dados do Portal da Transparência, dos últimos R$ 30.887.110,41
investidos em cultura de um modo geral, apenas 5,4% foi destinado a fundos
teatrais.
A Fundação
Municipal de Cultura e Turismo de Aracaju (FUNCAJU) é o órgão responsável pelo repasse de verbas municipais, como também
pela formulação,
implementação e execução da política pública cultural de Aracaju. Desde
1991, Aracaju sancionou uma Lei
Nº 1719 de incentivo fiscal para a realização de projetos culturais,
dentre eles, o teatro. Mesmo assim, são inúmeras as dificuldades encontradas
pelos artistas aracajuanos em captar esses recursos.
O
diretor do grupo de teatro Raízes, Jorge Lins, reclama não só por capacitação
dos gestores de grupos teatrais e por campanhas de popularização dos artistas e
grupos, mas acredita que “ainda capengamos no que diz respeito à uma
política de difusão cultural, de formação de plateias e de adequação de espaços
em polos do interior para que possamos escoar a nossa produção. É preciso que
haja uma possibilidade real de mercado em todo o estado, para que as nossas
produções possam ser pensadas profissionalmente.”
Diante das dificuldades que tem
passado para realização de espetáculos, Jorge Lins coloca-se no lugar de um
gestor, apesar de afirmar não ter nenhum interesse no cargo, e apresenta-nos
sua ideia: “acredito que se fosse secretário, a primeira ação seria definir, a
partir de reuniões com os grupos produtores das diversas manifestações
culturais, a linha de ação da Secretaria.”
Segundo JosenitoVitale de Jesus, Secretário de Cultura do Município de
Aracaju, mais conhecido como Nitinho, esta é a próxima proposta da FUNCAJU. Ele
promete que até o dia 02 de novembro será formado um Conselho Municipal, uma
comissão de 09 membros da gestão e 09 membros do povo, pessoas que desejem
participar. Esse conselho tem como objetivo criar projetos e investir não só em
eventos, mas em artistas plásticos e teatrais, novas mídias e cursos, com o
pensamento de melhorar a vida cultural do município. Porém, ele reclama que o
principal problema da sua gestão é de ordem financeira.
Assista na íntegra, entrevista realizada com exclusividade para o Contexto Repórter, com o Secretário de Cultura "Nitinho":
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